O ecstasy é considerado uma droga perturbadora do Sistema Nervoso Central, pois é capaz de produzir quadros de alucinação, geralmente de natureza visual. Seu nome farmacológico é 3,4-metilenodioximetanfetamina, sendo abreviado por MDMA.
O MDMA foi sintetizado pela primeira vez em 1912 pela Merck, uma empresa alemã, e tinha como finalidade ser usado como supressor de apetite, embora nunca tenha sido utilizado para esse fim em razão de diversos efeitos adversos. Em 1960 começou a ser usado como elevador do estado de ânimo, sendo receitado por psicoterapeutas que o consideravam “a penicilina para a alma”, por acreditarem que a droga favorecesse o diálogo terapeuta-paciente.
O uso recreativo surgiu na década de 1970, principalmente nos Estados Unidos, onde acabou sendo proibido em 1985. Nessa mesma época, estudos mostraram que 13% dos estudantes universitários norte-americanos já haviam feito uso da droga, o que demonstrou que o uso ilegal já estava disseminado pelo país.
Embora o ecstasy possa ser administrado de diversas maneiras: inalado sob forma de vapor, injetado por via intravenosa - a forma mais comum é a oral, sob a forma de comprimidos. A dose recreacional varia de 50mg a 150mg em dose única. Mas como esse mercado é ilegal, não há controle de qualidade que possa prevenir quanto a uma possível overdose.
O efeito da droga dura cerca de quatro horas, mas pode variar de pessoa para pessoa, pois as enzimas que eliminam o ecstasy do organismo não estão presentes nas mesmas quantidades em todas as pessoas.
Mas como o Ecstasy atua no Sistema Nervoso Central?
Nas fendas sinápticas existem proteínas transportadoras responsáveis por recolher o excesso de neurotransmissores, ou seja, levar os neurotransmissores que não se ligaram a receptores de volta para o neurônio pré-sináptico, onde poderão ser estocados em vesículas para uma nova utilização, ou ser degradados por enzimas, no caso, a monoaminoxidase (MAO).
O ecstasy atua sobre proteínas transportadoras de serotonina e dopamina, fazendo com que haja um acúmulo desses neurotransmissores na fendo sináptica, prolongando, assim, seus efeitos.
Efeitos e Riscos do Ecstasy
Os efeitos do ecstasy aparecem 20-70 minutos após o seu consumo e caracterizam-se por aumento da sensibilidade sensorial auditiva, excitação, agitação, desinibição, aumento da sociabilidade e vontade de manter contato físico.
A nível físico, o esctasy pode causar taquicardia, aumento da pressão sanguínea, diminuição do apetite e sede intensa. O uso da droga também está associado a um aumento demasiado da temperatura corporal, que pode chegar a 42º C. Esse aumento de temperatura é extremamente perigoso, uma vez que induz o usuário a ingerir grandes quantidades de líquido. E como o ecstasy atua aumentando a secreção de Hormônio Antidiurético (ADH), o organismo não consegue eliminar o excesso de líquido do organismo.
O link abaixo direciona para um site que conta a história de uma jovem inglesa, Leah Betts, que morreu em 1995 devido à ingestão excessiva de água após fazer uso de ecstasy.
A grande quantidade de água no plasma de Leah fez com que a concentração intracelular ficasse maior que a extracelular, causando - devido à osmose - o inchaço das células, sobretudo dos neurônios.
Referências Bibliográficas
http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0809/sextasy/ecstasyf.html
Bruno Sakamoto - MED 92
Valeu pelas informações foram muito úteis em meu trabalho de farmaco sobre os antidepressivos! Sou estudante de medicina da Univ. Fed. de RO.
ResponderExcluirObrigada queridos! Estava em crise de enxaqueca e agora justamente após ler tal matéria aqui publicada descobri que é devido à baixa do estrógeno causado pela interrupção de meu anticoncepcional, aliada às minhas faltas na academia e irregularidade nas noites de sono. Hj meso resolverei tudo isso!
ResponderExcluirExcelente!
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ResponderExcluirO que é o Ecstasy?
http://blog.viversemdroga.com.br/o-que-e-o-ecstasy/
por favor, desenvolvi quadro clínico de desturbio de sono e personalidade e tb sensoriais devido o uso, isso pode ser reverssível?
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