Alô vocês! Quem está digitando hoje é o Caio Rocha Bieber :), como temos explicado bastante da correlação entre os inibidores da enzima MAO (monoamina oxidase) e o tratamento de certas doenças mentais, achamos que seria importante dedicar uma postagem exclusiva a essas drogas.
Histórico
No começo da década de 1950, duas drogas foram lançadas para o tratamento de pacientes com tuberculose. Após um certo tempo, descobriram que uma das drogas melhorava o humor dos tuberculosos, e a outra não. Vários estudos foram feitos e descobriram a diferença entre as drogas: uma possui inibidores da enzima MAO e a outra não, estas drogas são: iproniazida e isoniazida, respectivamente. Outros inibidores foram sintetizados e utilizados extensivamente com o intuito de tratar a depressão até a década de 1950, quando uma outra de classe de antidepressivos (os tricíciclos) se tornaram disponíveis. A substituição deve-se principalmente aos vários efeitos colaterais indesejáveis provocados pela inibição da MAO, dentre os quais podemos citar:
- Tremores
- Visão distorcida
- Hipotensão (pressão baixa)
- Crise hipertensiva que pode levar à morte (no caso de pacientes que ingerem alimentos que contêm tiramina)
- Convulsões (quando ocorre uma alta dosagem do inibidor)
- Retenção urinária
- Ressecamento generalizado das mucosas do trato respiratório alto (garganta,nariz,boca)
- Lesão hepática
Histórico
No começo da década de 1950, duas drogas foram lançadas para o tratamento de pacientes com tuberculose. Após um certo tempo, descobriram que uma das drogas melhorava o humor dos tuberculosos, e a outra não. Vários estudos foram feitos e descobriram a diferença entre as drogas: uma possui inibidores da enzima MAO e a outra não, estas drogas são: iproniazida e isoniazida, respectivamente. Outros inibidores foram sintetizados e utilizados extensivamente com o intuito de tratar a depressão até a década de 1950, quando uma outra de classe de antidepressivos (os tricíciclos) se tornaram disponíveis. A substituição deve-se principalmente aos vários efeitos colaterais indesejáveis provocados pela inibição da MAO, dentre os quais podemos citar:
- Tremores
- Visão distorcida
- Hipotensão (pressão baixa)
- Crise hipertensiva que pode levar à morte (no caso de pacientes que ingerem alimentos que contêm tiramina)
- Convulsões (quando ocorre uma alta dosagem do inibidor)
- Retenção urinária
- Ressecamento generalizado das mucosas do trato respiratório alto (garganta,nariz,boca)
- Lesão hepática
Enzima MAO e Ação de Seus Inibidores
Como temos explicado em nossas postagens, uma regulação anormal da quantidade de neurotransmissores pode provocar todo o quadro característico de uma doença mental, para se determinar qual a doença mental que será induzida, depende principalmente de quais neurotransmissores estão em excesso ou em falta e onde está esse defeito. Nós possuimos e sintetizamos as enzimas MAO (monoamina oxidase) em quase todos os tecidos e há duas formas moleculares: a MAO-A e a MAO-B. Como o próprio nome diz, essa enzima oxida monoaminas, inativando-as. Essas monoaminas são neurotransmissores excitatórios: dopamina, noradrenalina e serotonina. Na fenda sináptica, esses neurotransmissores podem ser degradados pela ação das enzimas MAO, portanto inibidores dessa enzima podem provocar um aumento na concentração dessas monoaminas na fenda sináptica, podendo ser utilizados para a correção de seu déficit em um transtorno mental. Inibidores da MAO-A agem na melhora dos sintomas da depressão e inibidores da MAO-B eram utilizados no tratamento do parkinsonismo. Um aumento da disponibilidade de noradrenalina, dopamina e serotonina no sistema nervoso central provoca melhoria do humor, que é geralmente percebida após 2 semanas de tratamento em 60% dos pacientes. Atualmente os principais inibidores utilizados são: fenelzina, tranilcipromina e isocarboxazida. Os 3 possuem praticamente a mesma eficácia e efeitos colaterais semelhantes, sendo utilizados no tratamento de: transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, depressão atípica e alguns tipos de fobias. Além disso, costumam ser usados quando a terapia com tricíclicos não apresenta bons resultados.
Como temos explicado em nossas postagens, uma regulação anormal da quantidade de neurotransmissores pode provocar todo o quadro característico de uma doença mental, para se determinar qual a doença mental que será induzida, depende principalmente de quais neurotransmissores estão em excesso ou em falta e onde está esse defeito. Nós possuimos e sintetizamos as enzimas MAO (monoamina oxidase) em quase todos os tecidos e há duas formas moleculares: a MAO-A e a MAO-B. Como o próprio nome diz, essa enzima oxida monoaminas, inativando-as. Essas monoaminas são neurotransmissores excitatórios: dopamina, noradrenalina e serotonina. Na fenda sináptica, esses neurotransmissores podem ser degradados pela ação das enzimas MAO, portanto inibidores dessa enzima podem provocar um aumento na concentração dessas monoaminas na fenda sináptica, podendo ser utilizados para a correção de seu déficit em um transtorno mental. Inibidores da MAO-A agem na melhora dos sintomas da depressão e inibidores da MAO-B eram utilizados no tratamento do parkinsonismo. Um aumento da disponibilidade de noradrenalina, dopamina e serotonina no sistema nervoso central provoca melhoria do humor, que é geralmente percebida após 2 semanas de tratamento em 60% dos pacientes. Atualmente os principais inibidores utilizados são: fenelzina, tranilcipromina e isocarboxazida. Os 3 possuem praticamente a mesma eficácia e efeitos colaterais semelhantes, sendo utilizados no tratamento de: transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, depressão atípica e alguns tipos de fobias. Além disso, costumam ser usados quando a terapia com tricíclicos não apresenta bons resultados.
Qualquer pergunta, já sabem: podem contar conosco! Estamos super-felizes em ver a quantidade de acesso que temos recebido diariamente, e esperamos que continue assim ou que melhore ainda mais! Acompanhem e fiquem interados nesse universo de conhecimento incrível que é o dos Neurotransmissores.
Abraços e vejo vocês na próxima!
Caio Rocha Med92
Bibliografia utilizada:
- Pharmacology by H.P. Range, M. M. Dale and J. M. Ritter, Third Edition.
- Basic Farmacology for Nurses, 13rd Edition. CLAYTON and STOCK.
Olá garotos!
ResponderExcluirQueria parabenizá-los e agradecer pelo blog. Se não fosse esta postagem não teria condições de seguir lendo os manuais de psicofarmacoliga, dos quais não entendi bulhufas.O Schatzberg (manual de psicofarmacologia) fala dos inibidores seletivos e reversíveis da mao, vocês teriam como abordar essa questão? Obrigada
Finalmente uma informação "entendivel"! T-T nem a net tava me ajudando a entender isso, muito Obrigado!
ResponderExcluirMuito legal saber que essa informação ajudou vocês, Luís Gustavo e "Ao sabor das correntes"! Vou dar uma olhada nesse assunto (inibidores seletivos e reversiveis da MAO) e posso fazer uma postagem sobre ele aqui depois se ainda quiser (:
ResponderExcluirOlá, li essa informação na wikipedia: A ingestão de produtos com elevadas concentrações de tiramina (uma amina metabolizada pela MAO), tais como banana ou queijos curados, constituem uma das interacções dos IMAO visto a acumulação de tiramina que ocorre pode causar crises hipertensivas, manifestando-se através de dores de cabeça, até hemorragias cerebrais.
ResponderExcluiré verdade isso?
obrigada
Olá, gostaria de saber se posso tomar o medicamento Olcadil 2 mg ao mesmo tempo que tomo Cloridrato de fluoxetina 2a mg
ResponderExcluirÓtima explicação
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