sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

As drogas e a Doença de Parkinson

Ae galerinha, eu sou o Caio Rocha, mais conhecido como Justin Bieber, e o tema do post de hoje será: como o uso de drogas pode induzir o Mal de Parkinson?

Bom, fizemos uma apresentação no dia 08/12/2010 sobre o tema do nosso blog, o Giratório falou sobre o Mal de Parkinson e o nosso professor MHL (Marcelo Hermes-Lima) comentou sobre uma história que eu achei interesse contá-la aqui antes de descrever bioquimicamente o porquê de uma determinada substância poder causar a Doença de Parkinson.

- Aproximadamente na década de 80, jovens queriam uma droga capaz de simular os efeitos da heroína, e então foi criada sinteticamente.

- Entretanto os usuários dessa droga simuladora da heroína começaram a apresentar, após certo tempo, um quadro muito semelhante ao dos portadores da Doença de Parkinson.

Foi aí que surgiu uma hipótese de muita credibilidade no meio científico que publicarei aqui:

Como o Sakamoto explicou, uma das principais causas dessa doença é a destruição dos neurônios dopaminérgicos da via nigroestriatal.


A droga que descrevi na história acima possui um metábolito denominado 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropridina (MPTP) que, a princípio, é atóxico. O MPTP pode atravessar a barreira hemato-encefálica e é rapidamente captado pelos neurônios dopaminérgicos, atuando seletivamente sobre eles. Na presença da enzima MAO-B (monoamina oxidase B), o MPTP é transformado em MPP+, que é tóxico.

A mitocôndria é uma importante organela em cujo interior se processa certas etapas da oxidação da glicose, que gera a energia necessária para nos manter vivos. 


Além do Ciclo de Krebs, é na mitocôndria que ocorre a cadeia transportadora de elétrons, que é a etapa final da respiração celular. Essa etapa é divida em 4 fases (complexos I, II, III e IV) e é quando ocorre um fluxo de elétrons das coenzimas reduzidas (NADH e FADH2) ao oxigênio, o que permite um bombeamento de prótons na membrana da mitocôndria. Esse bombeamento é responsável pela maior parte da produção de ATP (trifosfato de adenosina) do nosso metabolismo.

O MPP+ é um inibidor da enzima mitocondrial (NADH CoQ1 redutase) do complexo I da cadeia transportadora de elétrons e, ao adentrar a célula, interferirá as oxidações mitocondriais, provocando um estresse oxidativo e consequentemente um acúmulo de radicais livres. Caso isso aconteça nos neurônios da via nigro-estriatal, poderá ocorrer a destruição irreversível destes. Conforme foi explicado, a via nigro-estriatal está ligada ao sistema motor, o que explica como o uso de drogas induz sintomas do Parkinsonismo!


Ufa, terminei! Valeuzão aí por agüentar ler até o final e nos vemos em breve!
Abraços e beijocas do Bieber! ;D
Caio Rocha MED92

Referências Bibliográficas

-> www.bioq.unb.br/htm/textos _explic/cte.htm 
-> http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0506/paraquato/parkinson.html
-> Imagens adaptadas de WebMD 2002
 -> DEVLIN, Thomas. Manual Bioquímico com Correlações Clínicas - 6ª ed.
-> Liga de Neurocirgurgia - www.sistemanervoso.com

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